Rede sociais: Um Aglomerado de Fugas

Redes anti-sociais

Alguns anos atrás a gente corria para a internet como uma fuga da realidade, hoje a gente corre para o mundo real como forma de fugir da internet. Quem não conhece a história da moça que se internou por conta da internet, aliás, por conta do vício a  cozinheira perdeu marido, emprego, e acabou mergulhando em uma profunda depressão. 

O documentário produzido pela Netflix “O Dilema das Redes” mostra o quão danoso pode ser a internet (vamos focar apenas na parte do tempo gasto, a ideia da regulamentação falaremos no futuro) o quão perigoso pode ser um link que leva para outro link e quando percebemos já se passou duas horas do nosso dia. Quem nunca perdeu algumas horas no Instagram apenas rolando pra cima, sem publicar nada? Ou até mesmo no Facebook lugar onde passamos horas assistindo ou compartilhando besteiras?

Lembro-me do Habbo que por vezes sustentou a ideia de ser outra pessoa e viver uma realidade distante da minha. O mundo Habbo funciona da seguinte forma, você cria um bonequinho e interage com as pessoas, frequenta “balada” faz diversas amizades e se torna popular dentro daquilo que a comunidade virtual oferece. É possível passar horas no site fingindo ser uma pessoa que você não é, parece até uma peça de teatro que por vezes você se torna um personagem. Assim como nas outras redes o Habbo se torna uma meio de escape, ou seja, você usa isso como pretexto para fugir da realidade. E assim tem sido nossos dias, usamos a internet como para fugir da realidade, trocamos a beleza da vida por curtidas e em alguns momentos por uma falsa interação. Deixamos de curtir alguns momentos só para fazer um story para o insta porque lá tem uma pessoa que precisa ver o tipo de lugar que eu frequento. É essa fuga da realidade e desejo de mostrar é algo que está nos deixando doente.

Lucélia perdeu emprego, peso e por fim o casamento. Lucélia ficou internada em uma clínica por 6 meses e teve que passar por um período de ressocialização. Quando ficou na sua casa escutou da filha de 6 anos “mãe, não chega perto do computador, por favor.” 

Você não precisa perder tudo e nem fugir da realidade. A vida real por mais dolorida que seja, ainda é real

Instagram: Gabzalan